Em seguida, temos um texto de Ana Mae que é um registro da história do CLEA.
[...] Neiva foi uma das cidades da Colômbia que mais sofreu com as FARC . Além dos muitos sabidamente mortos há 143 sequestrados que ninguém sabe que fim levaram ou se estão vivos . É uma cidade pobre que está sendo recuperada pela ação das Universidades . Os alunos de Licenciatura em Artes são tão otimistas que me deram novo animo neste momento do Brasil em que celebramos em nosso país o Petróleo para Educação O governo está fazendo sua parte e nós professores universitários de Arte ? Continuaremos as lutas internas que não são mais ideológicas ,porém de poder? Um poder passageiro enquanto as novas gerações vão se perdendo?CARTA DE NEIVA
Um beijo, Ana Mae
El Seminario/Taller "Escuela afuera: un imaginario cultural en expansión" llevado a cabo en la Universidad Surcolombiana, del 13 al 16 de noviembre del 2012,(Neiva, Colômbia) ha resultado ser un espacio privilegiado para analizar el estado de nuestra organización, la revisión de sus objetivos y programas para el próximo periodo, tomando en cuenta la magnitud de los cambios habidos en las últimas décadas a nivel civilizatorio en el mundo, pero especialmente en Latinoamérica y el Caribe. A su vez, la realización de nuestro seminario en un ámbito educativo de formación docente en educación artística ha manifestado una vez más su pertinencia, por lo que significa de retroalimentación enriquecedora de vivencia directa con docentes, y discentes activos, pasionales y comprometidos.
Estos cambios antes aludidos han puesto en disputa los paradigmas que guiaron el periodo modernista y que generaron todas las estructuras de la sociedad, incluyendo la escuela, el arte y su rol educativo. Los nuevos conocimientos y las tecnologías que los ponen en acción han generado nuevas preguntas, nuevos modos de abordaje, nuevos caminos a ser recorridos, nuevas experiencias, que requieren ser analizadas en profundidad.
Nuestro continente cuenta con experiencias históricas legendarias en el campo del arte en la educación desde la primera década del pasado siglo. Esos contextos de cambio del pasado nos hacen pensar desde los complejos contextos del presente, cuánto hay que modificar de raíz la educación, reconocer la amplitud de sus ámbitos y el discurso que le asiste y qué lecciones aprender de todo ello.
A través de los procesos que han conducido al estado actual de la Región y el de cada país en particular, vislumbramos que estamos, los latinoamericanos, ante una oportunidad histórica de alcanzar una pluralidad de miradas para identificarnos y desarrollar nuestras posibilidades y capacidades, sin dejar de tomar en cuenta los obstáculos de todo tipo que se nos anteponen.
Del propio programa de desarrollo de nuestro Seminario/Taller y del tema que lo convoca "Escuela afuera: un imaginario cultural en expansión", hemos podido derivar importantes facetas relativas a la proyección de nuestro trabajo:
- Reafirmar la validez y actualidad de nuestros conceptos teóricos e instrumentales: modos de problematizarlos y de socializarlos en prácticas culturales concretas.
- Aprobar un plan de acción del CLEA a corto y mediano plazo centrado en: la realización de eventos académicos y el portal CLEA.
- Ampliar la relación del CLEA con otros organismos e instituciones de ascendencia en los aspectos educativos, culturales, artísticos y las comunicaciones.
- Repensar la estructura organizativa del CLEA en el contexto de hoy, a partir de reconocer la urgencia de satisfacer las múltiples y variadas necesidades y modalidades en que cristalizan las prácticas culturales y educativas en América Latina.
En consonancia con esto se reflexionó acerca de la obligada relación entre el discurso del arte contemporáneo y la educación por el arte: qué papel le asignamos a las artes contemporáneas, a los nuevos medios y a la imagen audiovisual en el discurso del arte en la educación; qué juego de poderes se instauran dentro del capital simbólico contemporáneo entre las industrias culturales, los medios de comunicación y las artes en nuestra multívoca realidad latinoamericana; que responsabilidades se desgajan de esto para la búsqueda de transformaciones en los sistemas formativos de docentes.
Esto quedó reflejado en las reflexiones acerca de los currículos: cómo se encuentran planeados los discursos educativos del arte en la escuela, realidades e incongruencias (las políticas educativas); las distancias entre currículo ideal, currículo real y currículo oculto; la plural y cambiante realidad donde se contextualizan.
El CLEA demostró su historial de publicaciones periódicas de décadas, donde se ha pensado y difundido nuestro ideario plural, abierto, inclusivo con todo lo que convoque a la reflexión crítica, al registro de experiencias valiosas, a la asunción de nuevas miradas investigativas; la urgencia de ampliar el concepto de educación por el arte hacia todas las artes y prácticas culturales significativas.
En fin, rebasar los límites de la escuela actual para hacerla espacio protagónico de una cultura infantil y juvenil en expansión de modo crítico y lúcido y, en consonancia, con la hora que vive nuestra América y el mundo y repensar las infinitas modalidades en que se manifiestan más allá de ella.
Confirmamos una vez más que tenemos una rica tradición para respaldar el proceso que encaramos; logros que exhibir y vacíos importantes a cubrir; una tarea de envergadura que requerirá de nosotros no solo capacidad para comprender los procesos en desarrollo, sino también capacidad de trabajo individual y colectivo y voluntad para superar aunada y solidariamente los escollos.
CONSEJO LATINOAMERICANO DE EDUCACIÓN POR EL ARTE
NEIVA, COLOMBIA
NOVIEMBRE 16 DE 2012
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Em 1984, no Congresso Mundial da International Society of Education through Art, INSEA, realizado no Rio de Janeiro, pela mulher do então Governador do Rio de Janeiro, muitos conflitos surgiram, mas algo de sólido foi criado para que a busca pela integração latino-americana se fizesse em outras bases, não por força militar, por ditaduras das quais começávamos a nos ver livres ou governos autoritários.
Este algo sólido foi o CLEA. Não sei de quem foi a ideia, mas uma tarde, quase no fim do Congresso, Bryan Alisson, então Presidente da INSEA, prestes a passar o cargo para Marie Françoise Chavanne da França, me procurou e disse que precisava de minha presença numa reunião para criar a representação da INSEA na América Latina. Eu andava por lá muito raivosa, pois a Presidente do Congresso havia impedido o lançamento de meu livro Arte/Educação: conflitos e acertos no recinto do Congresso.
Lancei-o em uma Galeria da UERJ ao lado do prédio onde o Congresso acontecia porque Sol Garçon, coordenadora de Educação Artística da UERJ, resolveu desafiar a mulher do governador. Ela acreditou na autonomia universitária e me disse que a presidente do Congresso só tinha poder sobre o prédio cedido a ela, mas que nem ela, nem o governador, seu marido, mandavam na universidade, cuja autoridade máxima era o reitor.
Entrei na sala meio assustada e lá estavam Victor Kon, da Argentina; Dora Aguila e Luís Errazuriz, do Chile; Myriam Nemes de Montiel e Manuel Pantigoso, do Peru; Salomon Azar, do Uruguai e Olga Blinder, do Paraguai. Deste grupo criador do CLEA somente uma pessoa, muito querida, não está mais entre nós: Olga Blinder, artista, professora e um ser humano inolvidável. A intenção desde o início era ampliar o grupo e incluir todos os países Latino Americanos. Com o passar do tempo tivemos José Gonzalez Perez representando a Venezuela, depois representada por Hilda Guerra Arias, que aos poucos foram se desligando. Logo depois fizemos duas conquistas importantíssimas para o CLEA, Olga Lucia Olaia da Colômbia e Ramon Cabrera de Cuba.
Por último, mas com força total chegaram ao CLEA Lúcia Pimentel e Fabio Rodrigues do Brasil que havia sido representado no passado no Brasil por Ivone Richter e Laís Aderne.
Os Congressos organizados por Dora Aguila, em Santiago; Salomon Azar, em Montevideu; Victor Kon, em Buenos Aires; Jose González Perez, em Caracas; Manuel Pantigoso, em Lima, Olga Blinder, em Assunção, Olga Olaia, em Bogotá e Medellín, e o seminário de Amanda Pacotti, em Rosario, Argentina foram ocasiões de expansão e de integração. Saímos do Congresso do CLEA organizado em 2009, na UFMG, por Lucia Pimentel, com um CLEA mais amplo e do Seminário/Oficina em Neiva em novembro de 2012 maiores ainda. É nosso sonho que o CLEA abarque todos os países da América Latina e que se amplie também o número de membros do CLEA nos países em que já está implantado. Em Neiva a FAEB do Brasil foi representada no CLEA por Fabio Rodrigues, Lucia Pimentel estando presente Ana Mae Barbosa, membro vitalício, como o são todos os criadores de 84.
Incorporaram-se ao CLEA, a Guatemala, representada por Ethel Batres; o México, representado por Mario Mendez e Benjamin Sierra e mais um membro da Colômbia, Rocio Polania que, com Ramon Cabrera na liderança, organizou o evento de 2012, na Universidade Surcolombiana, de maneira exemplar. Agora que temos a Bienal do Mercosul e a OEI empenhadas na ampliação do alcance social da educação artística, arte/educação ou educação pela Arte, o CLEA, por ser composto de realizadores ou militantes de Associações Nacionais e não de representantes governamentais, muito poderá fazer pelo desenvolvimento da consciência artística, estética, cultural e social de nossa América Latina.
A união Latino Americana já era o desejo dos reformadores de nossa educação nas décadas de 20 e 30, mas foram atropelados pela ditadura do Estado Novo. Fernando de Azevedo de 1927 a 1930, como Diretor da Instrução Pública do Distrito Federal, o equivalente a Ministro da Educação, estabeleceu com a ajuda de Cecília Meireles em sua página sobre Educação no Diário de Notícias, uma política de integração Latino Americana jamais vista no Brasil. Às escolas que inaugurava e foram muitas, dava nomes de países Latino Americanos, convidava seus presidentes para a inauguração e estabelecia contínuo intercambio. A melhor avaliação da Reforma Fernando de Azevedo foi feita em jornais europeus por Gerardo Seguel, chileno, poeta do grupo de Neruda, professor de Desenho, e autor de um livro sobre Desenho Infantil. Ao exemplo de nossos antepassados de 80 anos atrás precisamos nos conhecer melhor e nos estimularmos uns aos outros.
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